quinta-feira, 18 de abril de 2013

Terapias restauram funções bioquímicas de crianças com autismo

Vários estudos já indicaram anteriormente que crianças com autismo apresentam frequentemente anormalidades em certas funções bioquímicas que ajudam a manter o organismo saudável. Recentemente, uma equipe de pesquisadores desenvolveu terapias com objetivo de restaurar e melhorar estas funções em autistas que possuem estas anormalidades. O artigo intitulado “Biochemical Effects of Ribose and NADH Therapy in Children with Autism” pode ser encontrado na revista médica Autism Insights.

Crianças com autismo apresentam frequentemente anormalidades na metilação, glutationa e função mitocondrial. A metilação liga e desliga proteínas no corpo – incluindo DNA e RNA – uma função que controla a atividade de gene. Já a glutationa, um antioxidante primário, fornece uma defesa contra metais tóxicos no corpo. Por fim, as mitocôndrias são essencialmente “fábricas” dentro das células do corpo que produzem energia.

Uma característica comum destas anormalidades é que elas são afetadas diretamente ou indiretamente por níveis de ribose, de nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) reduzida, de coenzima nicotinamida adenina dinucleótido fosfato (NADP) reduzida e de adenosina-5′-trifosfato (ATP).
A equipe de pesquisadores liderada por James Adams, professor na Faculdade de Engenharia de Material, Transporte e Energia da Universidade do Estado do Arizona, EUA, explorou o uso de suplementos de ribose e NAD como tratamentos em dois estudos paralelos: um, investigou o efeito da suplementação com NAD, um cofator importante para muitas reações enzimáticas no corpo; outro, o efeito da suplementação com ribose, um açúcar especial fabricado pelo organismo a partir da glicose.
Dois grupos distintos compostos por oito crianças de três a nove anos receberam um tratamento diferenciado durante duas semanas.  A um grupo foi administrado a ribose, a outro, o NAD.

Os estudos demonstraram que o uso de ribose e suplementos de NAD aumentaram os níveis de metilação, glutationa e ATP – fonte de combustível primário para o corpo e o cérebro – depois de apenas duas semanas de terapia. Os níveis de ribose e NAD também melhoraram substancialmente, sem efeitos adversos. Depois de apenas duas semanas de terapia, uma criança em cada grupo apresentou alguma melhoria no nível de energia. O melhor da história toda, segundo Adams, é que ambos os tratamentos usam produtos que estão disponíveis em suplementos nutricionais.

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/ciencia-diaria/novas-terapias-restauram-funcoes-bioquimicas-em-certas-criancas-autistas/

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