terça-feira, 24 de julho de 2012

ABA - Funções do comportamento


fonte: http://umavozparaoautismo.blogspot.com.br/

As crianças usam o comportamento como comunicação. Depois que você aprender a ler o comportamento, você será capaz de empregar estratégias para diminuir os comportamentos problemáticos e aumentar o bom comportamento.
O fato é que crianças com autismo utilizam o comportamento como linguagem e você terá que entender essa linguagem antes de ensinar a sua a eles.


Avaliar a função do comportamento.


Todo comportamento têm 3 partes:

A - antecedente - o que acontece pouco antes do comportamento ocorrer. OEsteja atento que algumas crianças são tão sensorialmente desorganizadas que o antecedente pode não ser tão claro, neste caso, você terá que observar todos os aspectos possíveis do ambiente e até um poss´ˆvel atraso na resposta.

B - comportamento - o que acontece depois do antecedente, o que a criança fez. Este comportamento pode ser positivo ou negativo.

C - conseqüência - o que acontece após o comportamento. A consequência será o fator determinante mais provável determinar de como a criança irá responder aos antecedentes semelhantes no futuro.

Comportamento não é uma arte. É uma ciência chamada Análise do Comportamento Aplicada, definido por Cooper, Heron e Heward (1987), como a ciência em que os procedimentos são sistematicamente aplicados e derivam de princípios do comportamento com o objetivo de melhorar o comportamento socialmente significativo.




Colete informações

Primeiro, selecione um ou dois comportamentos que você acha mais incômodos, como morder, gritar ou chutar. Você vai precisar contar quantas vezes por hora ou por dia o seu filho está exibindo esse comportamento particular assim você saberá qual é o ponto de partida. Além de saber quantas vezes o coportamento ocorre ao longo de alguns dias, você também vai precisar determinar a função ou funções do comportamento.
Você terá que registrar o dia e a hora de cada problema de comportamento. Isso ajudará a manter o controle de quantas vezes o comportamento está ocorrendo e se um determinado momento do dia parece ser problemático.

Faça uma tabela em que você possa anotar:
Data / hora. 
Local / atividade. 
Antecedente. 
Comportamento. 
Consequencia. 
Possível função.

Este período de observação deve durar dois ou três dias. Se quando você começar a analisar os dados, você notar que nenhuma função clara aparece uma vez que você não consegue determinar qual o gatilho para o comportamento problema, por exemplo: você pode ter registrado que o seu filho se jogou no chão chorando quando assistia o seu vídeo favorito, e ninguém estava colocando demandas sobre ele. Nesses casos, é boa idéia descartar um problema médico como causa do comportamento. Algumas crianças com infecções de ouvido, dor de dente, ou problemas de estômago pode exibir problemas de comportamento que parecem vir do nada.

Crianças com autismo e pessoas em geral têm três funções principais para seus comportamentos. Queremos alguma coisa, queremos escapar de algo ou estamos simplesmente à procura de estímulos sensoriais.

Se a função do comportamento é estímulo sensorial, a criança pode morder a si mesmo, porque ele quer este estímulo. Esses tipos de comportamentos são chamados de "reforço automático", e ocorrem quando não há ninguém ao redor ou quando ninguém está interagindo com a criança. Esses comportamentos auto-estimulatórios, muitas vezes, acontecem em todas as condições, o que torna difícil determinar sua função. A criança pode balançar ou bater com a cabeça na parede ou fazer um som de zumbido. Estimulação sensorial difere de outras funções, só porque os comportamentos acontecem quando a criança está sozinha ou não participando ativamente de uma atividade ou o comportamento parece ocorrer em proporções iguais em todas as situações. Tudo pode indicar que a criança está fazendo é tentando obter estímulo sensorial.

Você vai precisar desenvolver uma estratégia para cada função do comportamento.
Comportamentos por busca de atenção terão um grupo de estratégias enquanto os comportamentos que servem como uma válvula de escape serão tratados de maneira diferente. Finalmente, todos os comportamentos em busca de estímulo sensorial irão ser tratado com um outro conjunto de intervenções.

Para cada função do comportamento vocíe terá que ter duas abordagens:

* Primeiro você precisa ter uma estratégia de prevenção e/ou substituição do comportamento.
* Em segundo lugar você terá que escrever o que o adulto deve fazer quando confrontados com o comportamento com base em suas funções.

Quanto mais tempo você passar para prevenir ou substituir os comportamentos, mais fácil será conseguir que o seu filho esteja pronto para aprender. Não é irrealista esperar que você gaste 95% do seu tempo implementando estratégias para prevenir o comportamento.

Tenha em mente também que sempre que há problemas de comportamento, a demanda é muito alta para a criança ou o reforço é muito baixo.

A criança precisa estar feliz em trabalhar com o adulto antes de quaisquer demandas sejam colocadas sobre ela. E no início, as exigências devem ser pequenas - quase indefiníveis como demanda.

Quando a criança usa um comportamento mal adaptado para conseguir atenção ou algum objeto é recomendado o uso de uma técnica chamada "contar e pedir" ao invés de colocar a criança de castigo, essa técnica consiste em contar até 5 segundos em que o mal comportamento esteja extinto, por exemplo, se a criança grita para obter atenção, conte até 5 após o último grito e daí ensine alguma forma rápida e prática da criança pedir o que ela quer. Usando essa técnica, você não somente ensinará que o grito não lhe dá o que ela quer, mas também como conseguir o que quer de uma maneira mais apropriada.

Se a criança está usando o comportamento para escapar de alguém ou alguma atividade, pense em maneiras de tornar a pessoa ou a atividade mais atrativa, ou pareie com reforços positivos. Os reforços devem estar disponíveis junto com a atividade para evitar que a criança entre no comportamento para fugir dessa atividade.

Todo aprendizado é motivado pela curiosidade e ela só se manifesta caso a criança esteja num estado emocional tranquilo, é impossível forçar um aprendizado.

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