quinta-feira, 24 de maio de 2012

O que os pais podem fazer para promover a Integração Sensorial em seu filho

Provavelmente o modo mais importante de facilitar I.S. é reconhecer que o problema existe e desempenha um papel importante no desenvolvimento. Um pai pode prover uma variedade de ambientes enriquecidos que favorecerão crescimento saudável e maturação apenas entendendo os modos pelos quais a criança recebe várias informações sensoriais.

Uma segunda diretriz importante em facilitar I.S. é reconhecer que cada criança é um indivíduo com interesses, respostas e necessidades únicos. Nenhuma “receita” pode dizer todas as atividades certas para o desenvolvimento. Os pais podem analisar melhor, as necessidades individuais de sua criança observando a resposta que ela dá nas diversas situações. Considere por exemplo os diversos modos pelo qual ela é afetada por toque, movimento, estímulos visuais, sons, cheiros ou altura. Algumas vezes movimentos rápidos podem tornar a criança mais alerta e levar a aumento de verbalizações. Outra hora, ou para outra criança, o mesmo movimento pode excitar de modo a desorganizá-la ou despertar medo. É importante que os pais observem as respostas da criança a uma atividade e estejam prontos para alterar a atividade com base na resposta.

Finalmente, os pais precisam saber que I.S. não é o mesmo que estimulação sensorial. Embora às vezes seja apropriado prover atividades que envolvam uma variedade de tipos de input sensorial, às vezes também é importante reduzir ou bloquear certos tipos de estímulos sensoriais. Resposta a estímulo sensorial varia de criança para criança. Por exemplo, uma criança pode procurar um colosso de abraços enquanto outra pode gostar de ser abraçada apenas ocasionalmente. Além disso, respostas da mesma criança variam de um dia para outro e às vezes até mesmo dentro do mesmo dia. Levar em consideração os modos pelos quais os estímulos sensoriais variam, assim como a reação de uma dada criança pode ajudar os pais a guia-la para atividades que serão mais benéficas para seu desenvolvimento.

Alguns Princípios Básicos

Sem esquecer que cada criança é diferente e que a resposta individual pode variar, os pais podem considerar alguns princípios gerais para promover I.S. Eles incluem o seguinte:

1. Toque e movimento são pelo menos tão importantes como visão e audição, se não mais, para ajudar uma criança pequena a aprender sobre o mundo. Conforme a criança cresce, visão e audição se tornarão críticas para o aprendizado. Isto não quer dizer que sons e estímulos visuais precisam ser limitados à infância; apenas, que toque e movimento não devem ser negligenciados. Por exemplo, algumas vezes pais bem intencionados podem colocar um bebê em uma cadeirinha perto da sala para que possa ver e ouvir as atividades da família. Uma alternativa seria passar um bom tempo segurando, embalando ou carregando o bebê, seja nos braços dos pais ou em um “canguru”.
Contato físico é particularmente importante não apenas pela sensação que produz, mas, também pela oportunidade de favorecer o relacionamento pais-criança. Um outro aspecto a considerar é a variedade de posições corporais que o bebê vivencia durante o dia. Por exemplo, como bebês geralmente são colocados de costas na maternidade, esse é geralmente o modo que os pais continuam a colocá-lo em seus berços em casa. Entretanto, um bebê deitado de bruços recebe sensações diferentes do que é colocado de lado ou de costas. Dar oportunidade para uma variedade de posições para brincar ajuda a dominar a gravidade, movimento e controle do próprio corpo.

2. Toque leve pode ser irritante para algumas crianças. Em geral, pressão profunda é mais calmante que toque leve. Toques leves e cócegas tendem a despertar reações de defesa em algumas crianças. Embora o toque leve possa ser agradável para algumas, ele tem mais probabilidade de trazer uma resposta negativa que o toque firme ou mesmo com pressão. Esta é a razão pela qual um abraço é geralmente mais calmante que cócegas. As mãos, rosto e pés contêm a maior concentração de receptores de tato; consequentemente, estas são as partes do corpo que têm mais habilidade para discriminar forma, tamanho, textura e temperatura. Essas áreas podem também ser as mais sensíveis a cócegas ou toque leve. Por exemplo, a criança pode gostar de uma massagem nas costas, mas, se irritar quando o rosto é lavado.

3. Crianças geralmente procuram o tipo de experiência sensorial que seu sistema nervoso pede. Se uma criança parece estar procurando um estímulo sensorial, seja toque, movimento, cheiro, estímulos visuais ou sons, pode ser uma pista que um certo tipo de sensação é necessário. Se a criança procura muito movimento, toque, pressão, vibração, estímulos visuais ou auditivos, tente dar-lhe algumas dessas sensações em brincadeiras. Por exemplo, se uma criança parece querer muitos abraços e pressão firme, um pai poderia tentar jogos como cabo de guerra, uma caminhada pela vizinhança carregando um peso, rolar ou esconder sob almofadas grandes - todas atividades que provêm propriocepção. Sempre lembre de observar cuidadosamente a resposta da criança e tenha cuidado para não interpretar necessidades sensoriais como tentativa de ganhar atenção ou manipulação de comportamento.

4. Pense sobre as imposições colocadas sobre a criança para processar sensação e responder a elas. Uma criança que gosta de movimento e tem bom equilíbrio pode ser capaz de manter conversas muito vívidas e criativas enquanto se balança. Outra que tem medo de movimento pode precisar se concentrar intensamente apenas para manter o equilíbrio. Consequentemente, não pode conversar e balançar ao mesmo tempo. Lembre-se que uma criança pode não processar informação sensorial ou responder tão automaticamente quanto outra.

5. Informação sensorial pode ser uma força poderosa. Pode agir para aumentar o estado de excitação e nível de atividade ou pode ter o efeito oposto, suavizando o efeito. Sensação pode ter um impacto dramático sobre o sistema nervoso, especialmente para uma criança pequena. Quando tentando atividades novas, preste atenção tanto aos efeitos imediatos quanto aos de longo prazo, já que experiências novas podem afetar o sono, apetite, controle de intestino e bexiga, e estado de organização. Uma boa regra é não tentar nenhuma atividade que pareça ultrapassar o limite do brincar normal.

6. A fisiologia do cérebro que é envolvida em movimento ativo, respostas e comportamento é diferente daquela usada em movimentos passivos. Envolvimento ativo depende da criança iniciar, planejar, executar ou responder dinamicamente a uma atividade. Uma atividade passiva pode prover sensação ou movimento que não necessariamente requer uma resposta. Envolvimento ativo dá a melhor oportunidade para mudanças no cérebro que levam a crescimento, aprendizagem e melhoria na organização do comportamento. Quando uma criança está envolvida ativamente ela tem mais controle sobre a situação. Atividades passivas por outro lado, requerem mais precauções porque a criança pode ser menos capaz de mostrar sinais de mal estar. Consequentemente, quando planejar novas experiências de movimento e sensação, geralmente é melhor enfatizar participação ativa.

Fonte: Um guia para pais para a compreensão de IS (Traduzido e adaptado do texto original do “Sensory Integration International”)

fonte: http://topediatrica.blogspot.com.br/search/label/disfun%C3%A7%C3%A3o%20de%20integra%C3%A7%C3%A3o%20sensorial?updated-max=2010-05-20T14:46:00-07:00&max-results=20&start=14&by-date=false

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