segunda-feira, 12 de março de 2012

Fala tem prazo de validade? até quando é normal surgir?

.
Já te responderam. Só venho reforçar a CERTEZA de que não há data de
validade...Sempre é tempo de começar!
Na nossa associação apostamos no prazer da comunicação, na brincadeira em grupo.
As dificuldades são minoradas, embora não haja milagre!
Quem se diverte pede mais!!!
Divirta-se então!!

, sim, normalmente eles entendem mais do que mostram que entendem,> ou seja, linguagem expressiva mais prejudicada que a receptiva!

> Acho que o mais importante para um autista falar é a Pragmática: "entender
> para que a comunicação serve, e como ela funciona". E é preciso fazer com
> que ela seja útil: se a gente adivinha o que ele quer ao menor gesto e já
> atende ele simplesmente não fala porque não precisa... Com o xxxx tem sido
> assim... Ele fala pouco, mas tem progredido bastante.
>

> No início se não queria algo ele só gritava. Explicávamos que não era
> assim, repetíamos "não quero!", e quando ele descobriu que se dissesse "não
> quero!" ao invés de gritar isso acabava com o que ele não gostava ele
> passou a usar a frase.
>
> O mesmo valeu para os pedidos: ele antes gritava ou apontava o que queria
> (e a gente não cedia). Aprendeu a dizer o nome ("SUCO!" "DANONINHO!").
> Assim que descobriu e começou a usar isso a gente vou dificultando... Hoje
> quando ele quer algo ele diz "Eu quero suco, POR FAVOR!") (e a ênfase no
> por favor indica o quanto ele quer).
>
> Ensinarmos o "não" foi pelo mesmo caminho. Antes só dizíamos NÃO (e o
> impedíamos de continuar fazendo o que não podia, como subir na janela ou
> bater em alguém). Depois passamos pro NÃO PODE, e finalmente passamos a
> dizer por quê. Depois de pouco tempo ele mesmo já diz "Não pode, é
> perigoso!", "Não pode pegar, é lixo!" e (o algo terrivelmente útil pra quem
> trabalha em casa feito eu) "Não pode mexer! É do papai!".
>
> Ainda temos a impressão de que ele entende muito mais do que fala, e volta
> e meia a gente se supreende (semana passada ele disse "Papai, cadê o
> tablet?" e eu quase caí pra trás, especialmente quando descobri que ele
> aprendeu o que era "tablet" sem ninguém explicar).
>
> Note que em todos os casos a gente precisou ser firme: pode espernear e
> gritar, se não disser "não quero" a gente não tira do programa de TV... E
> na hora de escolher o que quer não ganha enquanto não disser. Claro que no
> início basta um arremedo de fala para atendermos; a complexidade vai
> aumentando aos poucos para não gerar frustração. Mas é preciso exigir, se
> fizermos tudo o que ele quer ele se sente confortável e não aprende nada.
>
>
>
Se eu puder sugerir...tente entender o que é falar e como isso
> se relaciona com a comunicação. Em 20 anos de trabalho com autismo, eu já
> ví de tudo! Já ví meninos falando aos 5 anos, aos 12 e aos 21 anos! Já ví
> meninos começarem a falar seguindo uma seqüência considerada "normal" e
> também já ví aqueles que nada falavam numa semana e na outra, falavam tudo
> ( "*desentupiam" *como* *usamos* *dizer). Outros, cantavam mas nao
> falavam..melhor dizendo: sabiam produzir sons mas nao os aplicavam na
> comunicação. Outros muito ecolálicos, gritando "pamonhas de Piracicaba" o
> tempo todo. No entanto, o que foi comum a TODOS os casos: só vieram a falar
> com jeito de comunicadores aqueles casos cuja ênfase foi dada na
> comunicação, antes ou até mesmo junto com a fala. Aqueles que só foram
> apresentados aos sons da fala, desconectados do processo comunicativo,
> repetindo ÁAAAAA ou só ensinados a produzir fonemas ("diga BOLA, BOLA!
> BOLA! BOLA") se falaram, parecem ter sido apresentados aos sons
> repetitivos, ficando mais ecolálicos do que os demais. Por isso as terapias
> fonoaudiológicas tradicionais das décadas passadas, nao produziram bons
> autistas comunicadores. Pode reparar que a maioria dos autistas que hoje
> sao adultos, ou não falam...ou falam mal! Assim, ensinar uma forma
> alternativa enquanto a fala não vem só aumenta as chances da voz sonorizar
> o pensamento (fala é um pensamento sonorizado, atribuído de conceitos) e de
> associar gestos reguladores. Ensinar a pedir, negar, concordar, indicar,
> mostrar, apontar, comparar, mastigar e um monte de recursos pré
> lingüísticos ajuda muito. Idem para o PECS. Engana-se de forma muito
> primitiva aqueles que (ainda) acham que comunicação alternativa vai inibir
> a fala. Isso é descabido. O que inibe a fala é a falta de oportunidades
> comunicativas, a falta da relação entre código e conceito,desconexão entre
> significante e significado. Por isso, veja como seu filho se comunica hoje,
> sem a fala. O mundo consegue entender? Qual é o modo preferencial da
> comunicação dele?
> Vem cá...sejamos curtos e grossos... A fala, para *ele*, é imprescindível
> ? Ou parece ser só imprescindível para *você*, como pai?
> Lembrando que um mocinho de alto funcionamento que eu atendo só começou a
> falar, aos 4 anos, quando ele entendeu o lance de dublagens de desenhos
> animados e associou com as legendas, varias vozes,o boneco etc. Ele falou
> "BOB "(esponja) com o nariz enfiado na TV, quando o bob aparecia. Havia
> relação entre a imagem do BOB,o som que saía da boca, a escrita BOB e o
> desenho animado em si, seu maior reforço! Quando ele entendeu que ele podia
> pedir BOB (falando) e o tal aparecia na tv, firmou-se aí umarelação
> comunicativa verdadeira!


> Acabei de voltar da psico que aplica ABA com o xxxx e ela me comentou que
> leu no último livro do Dr. Salomão Schartzmann que depois dos 5 anos é
> pouco provável que uma criança autista comece a falar. Bem o Pedro tem 4
> anos, e não fala nada. Ou seja, soou um alarme. O xxx, como eu já
> coloquei aqui outras vezes tem autismo leve - 32 pontos no CARS - é bem
> tranquilo em relação à uma série de coisas (é bem afetivo, não tem
> esteriotipias, nem parece ser autista), mas quanto à comunicação em geral o
> comprometimento dele é bem sério.
>
> Gostaria de trocar ideias com vocês neste sentido. Quem é pai de autista
> que fala, o que pode me dizer de como foi esse processo? Foi falando aos
> poucos, ou de uma ora para outra?
>
> O que é falar até os 5 anos? Falar já bem, ou falar alguma coisa aos 5
> anos já é um bom sinal?
>
> Fora a Fono, que é óbvio, o que mais sentiram que ajudou eles a
> desenvolver a fala?
>
> Bom.. qualquer relato nesse sentido.. contando como foi esse
> desenvolvimento acredito que vai me ajudar.
>

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