terça-feira, 27 de março de 2012

Curso na PUC de maio a junho - Transtornos do Espectro do Autismo

Transtornos do Espectro do Autismo

Departamento de Psicologia
Curso Livre

Local

Unidade Gávea

Período de Aulas

05/05/2012 a 28/07/2012
Sábados, das 8h30 às 12h30

Introdução

   O autismo é um transtorno que ocorre na infância e seus prejuízos acompanham o indivíduo por toda a vida. Desde 1943, quando Kanner publicou o primeiro artigo descrevendo uma sintomatologia que configurava o que ele chamou de “distúrbios autísticos de contato afetivo”, a definição do autismo passou por muitas mudanças com implicações nas práticas clínicas e educacionais.
      Inicialmente, defendeu-se a hipótese de psicogênese do autismo segundo a qual a privação das mães causaria autismo. Assim, o autismo foi inicialmente considerado uma psicose e, até os anos 70, associado com esquizofrenia infantil. Nos anos 80, o autismo deixou de ser visto como um transtorno mental passando a ser classificado como um transtorno invasivo do desenvolvimento, de base inata, tanto no DSM quanto na CID. Os transtornos invasivos do desenvolvimento passaram então a ser definidos a partir de uma tríade de prejuízos envolvendo a interação social, a comunicação e interesses restritos e repetitivos. Dada a ampla gama de perfis clínicos ou graus de severidade, o autismo passou a ser visto como envolvendo um espectro sendo assim também denominado Transtornos do Espectro do Autismo.      
As diversas abordagens teóricas para o entendimento do autismo variam entre modelos neurológicos, teorias cognitivas e desenvolvimentistas passando mais recentemente por questões sensoriais envolvidas nos transtornos do espectro. Essa diversidade tem tido impacto nas práticas clínica e educacional dos indivíduos com autismo que variam desde a identificação dos sinais precoces de risco de autismo, enfoque clínico que possa minimizar o comprometimento e severidade do quadro clínico, práticas educacionais que favoreçam a adaptação dos indivíduos na vida social, diminuindo o sofrimento de suas famílias, e capacitação de profissionais especializados para atendem esta comunidade.
      Iniciativa pioneira no Rio de Janeiro, o curso de extensão em Transtornos do Espectro do Autismo pretende oferecer subsídios teóricos, diagnósticos, clínicos e educacionais, oriundos de pesquisa e práticas nacionais e internacionais que permitam um aprofundamento das questões envolvidas no autismo.

Objetivo

   Aprimorar a formação de profissionais e estudantes das áreas de psicologia, educação, fonoaudiologia e medicina, envolvidos no atendimento de indivíduos com diagnóstico do espectro do autismo.
   Divulgar o conhecimento científico e práticas clínicas e educacionais que contribuem com a melhoria da qualidade de vida de indivíduos com diagnóstico de TEA.
   Contribuir com a formação dos profissionais para que possam avaliar suas práticas clínicas e educacionais e sejam capazes de aprimorá-las e adequá-las às necessidades individuais de seus pacientes/estudantes.

Público Alvo

Graduados e graduandos das áreas de psicologia, educação, fonoaudiologia e medicina interessados nos transtornos do espectro do autismo.

Carga Horária

Este curso tem carga horária de 48 horas.

Metodologia

Aulas expositivas com a utilização de materiais audiovisuais variados.
Revisão de bibliografia específica e atualizada sobre os temas.
Debates sobre as experiências e práticas clínica e educacional.

Programa

MÓDULO I – O ESPECTRO DO AUTISMO:
DEFINIÇÕES CONCEITUAIS, DIAGNÓSTICO E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
ABERTURA DO CURSO - Apresentação do curso e Introdução ao conceito de autismo. Profa. Carolina Lampreia 
EMENTA: Introdução ao conceito de autismo abrangendo: o conceito de autismo (antes de Kanner, em Kanner e em Asperger); as classificações oficiais – DSM, CID, CFTMEA (incluindo o histórico das classificações, a mudança de conceito, as classificações atuais); as discussões sobre o prejuízo primário no autismo; os consensos e divergências atuais; os diferentes enfoques teóricos  (teorias biológicas; Teoria da Mente e suas revisões; Abordagem Desenvolvimentista; Psicanálise); os diferentes usos atuais da palavra autismo (transtorno autista; transtorno global do desenvolvimento; transtorno do espectro autista; fenótipo autista ampliado). 
PROGRAMA:1. Conceito do Autismo:    - Antes de Kanner
    - Kanner (1943) e Eisenberg e Kanner (1956)
    - Asperger (1944)
    - Comparação Kanner e Asperger
2. Classificações Oficiais:    - Histórico da classificação em DSMs e CIDs
    - Autismo como transtorno mental x transtorno do desenvolvimento
    - Razões para mudança de conceito
    - DSM-IV; CID 10; CFTMEA-R
3. Prejuízo primário no autismo nas décadas 1970/80 a 1990:    - De distúrbio cognitivo a prejuízo social/afetivo
4. Consensos hoje
5. Divergências – diferentes enfoques teóricos:    - Teorias biológicas
    - Teoria da Mente e suas revisões (Déficit das Funções Executivas)
    - Teoria da Fraca Coerência Central)
    - Abordagem Desenvolvimentista
    - Psicanálise
6. Diferentes usos da palavra autismo:    - Transtorno Autista
    - Transtorno Global do Desenvolvimento
    - Transtorno do Espectro Autista
    - Fenótipo Autista Ampliado
Bibliografia: American Psychiatric Association (2002). DSM-IV-TR : Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. (tradução: Cláudia Dornelles). 4ed.rev. Porto Alegre: Artmed.
Araújo, C.A. (1997) Síndrome de Asperger – Aspectos Psicológicos. Em F.B. Assumpção Jr. (org.), Transtornos Invasivos do Desenvolvimento Infantil. São Paulo: Lemos Editorial. 
Berquez, G. (1991) O Autismo Infantil e Kanner. Estudo Histórico e Conseqüências Teóricas. Em P. Mazet e S. Lebovici, Autismo e Psicoses da Criança. Porto Alegre: Artes Médicas.
Bosa, C. e Callias, M. (2000) Autismo: Breve Revisão de Diferentes Abordagens. Psicologia: Reflexão e Crítica, 13, 1, 167–177.
Grandin, T. & Scariano, M. (2002) Uma menina estranha: autobiografia de uma autista. São Paulo: Companhia das Letras.
Kanner, L. (1997) Os Distúrbios Autísticos de Contato Afetivo. Em P.S. Rocha (org.), Autismos. São Paulo: Ed. Escuta; Recife: Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem.
Organização Mundial da Saúde (1998) Critérios diagnósticos para pesquisa: classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10.  (tradução: Maria Lúcia Domingues ; consultoria, supervisão e revisão técnica: Dorgival Caetano). Porto     Alegre: Artes Médicas.
Sacks, O. (1995) Um Antropólogo em Marte. Em O. Sacks, Um Antropólogo em Marte. São Paulo: Companhia das Letras.
DIAGNÓSTICO DOS TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Dra. Carla Gikovate
EMENTA: Nas últimas décadas, o conceito de autismo foi ampliado e hoje não é mais considerado uma desordem rara. Serão abordados os conceitos atuais envolvidos no diagnóstico de autismo (ou espectro autí­stico), os critérios oficiais de diagnóstico destes transtornos e as caracterí­sticas clí­nicas que auxiliam os profissionais de diferentes áreas a fazer o diagnóstico diferencial dos TEA.
PROGRAMA:
Bibliografia:Assumpção Jr., F. B. (2002) Diagnóstico diferencial dos transtornos abrangentes de desenvolvimento. In: Camargos Jr., W. (coord.) Transtornos invasivos do desenvolvimento: 3º Milênio. (pp. 16-19). Brasília: CORDE.
Bosa, C. (2002) Autismo: Atuais Interpretações para Antigas Observações. Em C. Baptista & C. Bosa (orgs.), Autismo e Educação: Reflexões e Propostas de Intervenção. Porto Alegre: Artmed.
Camargos Jr., W. & Colaboradores. (2002) Transtornos Invasivos Do Desenvolvimento: 3º Milênio. Brasília: CORDE. 
Cohen, S.A. (2000) A Evolução do Conceito e do Diagnóstico de Autismo. Dissertação de Mestrado. Departamento de Psicologia: PUC–Rio.
Gikovate, C.G. (1999) Problemas Sensoriais e de Atenção no Autismo: Uma Linha de Investigação. Dissertação de Mestrado. Departamento de Psicologia: PUC–Rio.
Mintz, M., Alessandri, M. & Curatolo, P. (2009) Aboradgens terapêuticas para os transtornos do espectro autista. Em R.Tuchman & I. Rapin (Orgs.), Autismo: Abordagem neurobiológica. (Denise Regina de Sales, trad.). (pp. 301-327). Porto Alegre: Artmed. 
Peeters, T. (1998) Autismo: Entendimento Teórico e Intervenção Educacional. Rio de Janeiro: Ed. Cultura Médica.
Schwartzman, J.S. (2003) Autismo Infantil. São Paulo: Memnon.
Wing, L. (1996) Que é Autismo ? Em K. Ellis (org.), Autismo. Rio de Janeiro: Revinter.
INSTRUMENTOS DE DIAGNÓSTICO: ADI-R, ADOS E CARS   Profa. Ana Maria Camelo Campos 
EMENTA: Apresentar os principais instrumentos diagnósticos para autismo: ADI-R, ADOS e CARS. Promover uma visão geral do ADI- R, instrumento de entrevista direta com os pais, para coleta de dados de aspectos sociais, de comunicação, jogo e outras formas de funcionamento comportamental da criança. Apresentação do ADOS, instrumento de observação diagnóstica do autismo, que permite avaliar comportamentos espontâneos, identificando crianças com autismo típico, transtorno do espectro autista ou fora destas condições. Apresentar o CARS, escala de pontuação para autismo na infância, que permite distinguir crianças com autismo daquelas com atraso do desenvolvimento sem autismo e também utilizado para avaliar o grau de severidade do autismo.
Discutir a importância da utilização de instrumentos padronizados para diagnosticar o autismo de forma precoce e acurada e suas implicações para promover programas de intervenção sistematizados e direcionados às necessidades específicas de cada indivíduo.
PROGRAMA:   - ADI-R – Autism Diagnostic Interview – Revised
   - Aspectos gerais
   - Perguntas introdutórias
   - ADOS – Autism Diagnostic Observation Schedule
   - Objetivos
   - Procedimento
   - Classificação
   - Cena
   - CARS – Childhood Autism Rating Scale
   - 15 domínios avaliados
   - Pontuação
   - Cena
Bibliografia: DiLavore, P., Lord, C., Rutter, M., Risi, S.(1999) WPS Edition of The Autism Diagnostic Observation Schedule (ADOS). Los Angeles: Western Pssychological Services. 
Klin, A., Chawarska, K., Rubin, E., Volkmar, F. (2006) Avaliação clínica de crianças com risco de autismo. Revista Educação, 1(58):255-97
Lord, C., Rutter, M. & Le Couteur, A. (1994) Autism Diagnostic Interview-Revised: A revised version of a diagnostic interview for caregivers of individuals with possible Pervasive Developmental Disorders. Journal of Autism and Developmental Disorders, 24, 5, 659-685.
Pereira, A. M., Riesgo, R., Wagner M.B . Autismo infantil: tradução e validação da Childhood Autism Rating Scale. Jornal de Pediatria, v. 84, p. 487-494, 2008.
Rutter, M., LeCouteur, A.& Lord, C. Autism Diagnostic Interview, Revised (ADI-R). ‘Western Psychological Services’.     http://portal.wpspublish.com/portal/page?_pageid=53,69707&_dad=portal&_schema=PORTAL
MÓDULO II – PERSPECTIVAS TEÓRICAS
NEUROBIOLOGIA DO AUTISMO: Modelos neurológicos e terapia medicamentosaDra. Carla Gikovae
EMENTA: No momento atual ainda não existe uma compreensão completa sobre a causa (as causas) do autismo. Porém, nas últimas décadas pesquisas cientí­ficas apontam para evidências importantes no sentido de esclarecer a neurobiologia desta desordem. O objetivo da presente aula é apresentar os dados mais recentes da literatura sobre a biologia do autismo, as diretrizes gerais das intervenções utilizadas em autismo discutindo o papel do tratamento farmacológico e quais os rumos para pesquisas futuras.
Bibliografia:Caminha, R.C. (2006) O Autismo e a Teoria dos Neurônios-espelhos. Trabalho de Conclusão de Curso. Departamento de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Rapin, I. & Tuchman, R. (2009). Autismo. Abordagem neurológica. (Trad. Denise Regina de Sales). Porto Alegre: Artmed.
 
QUESTÕES SENSORIAIS Profa. Roberta Caminha 
EMENTA: Descrição dos diferentes sistemas sensoriais, descrição do conceito de integração sensorial e discussão da importância do aparato sensorial para o desenvolvimento das relações interpessoais.  Apresentação dos problemas sensoriais no autismo incluindo: hipóteses sensoriais sobre o autismo, instrumentos de avaliação sensorial, evidências de problemas sensoriais no autismo (pesquisas científicas e relatos autobiográficos) e padrões sensoriais. Perspectiva de pesquisas na área. Intervenção de base sensorial.
PROGRAMA:
1. Desenvolvimento sensorial
    - Sistemas Sensoriais
    - Integração Sensorial
    - Importância do aparato sensorial para relações interpessoais.
2. Problemas sensoriais no autismo    - Hipóteses sensoriais
    - Instrumentos de avaliação sensorial
    - Evidências de problemas sensoriais no autismo – pesquisas científicas e relatos autobiográficos
    - Padrões sensoriais
3. Perspectiva de pesquisas na área    - Inclusão de categorias sensoriais em estudos de Identificação precoce
    - Possível relação de problemas sensoriais primários com a sintomatologia do autismo
4. Intervenção de base sensorial
Bibliografia:Caminha, R.C. (2008) Autismo: Um Transtorno de Natureza Sensorial ? Dissertação de Mestrado. Departamento de Psicologia. PUC-Rio.
ABORDAGEM COGNITIVA  - Profa. Mariana Garcia
EMENTA: Introdução ao conceito de Teoria da Mente que captura a capacidade humana de atribuir estados mentais a si próprio e ao outro e suas implicações para o entendimento do autismo. Segundo esta abordagem uma falha no mecanismo inato (mente ou cérebro) responsável por esta capacidade de “ler” a mente acarretaria a tríade do autismo.
PROGRAMA:
1. Conceito de Teoria da Mente
    - A hipótese da teoria da Mente
    - Testando a hipótese
2. Autismo e Teoria da Mente    - O mecanismo da Teoria da Mente
    - Prejuízo da Teoria da Mente e Tríade do Autismo
    - Dúvidas que permanecem
    - Implicações práticas do prejuízo da Teoria da Mente
Bibliografia:Bosa, C. e Callias, M. (2000) Autismo: Breve Revisão de Diferentes Abordagens. Psicologia: Reflexão e Crítica, 13, 1, 167–177.
Lampreia, C. (2004). Os enfoques cognitivista e desenvolvimentista no autismo: uma análise preliminar. Psicologia Reflexão e Crítica, 7, 111-120.
Scheuer. C. (1997). Teoria da Mente. Em F. B. Assumpção Jr. (org.) Transtornos Invasivos do Desenvolvimento Infantil. São Paulo: Lemos Editorial.
ABORDAGEM DESENVOLVIMENTISTA  - Profa. Carolina Lampreia
EMENTA: A abordagem desenvolvimentista versus a Teoria da Mente, a perspectiva construtivista e a importância do engajamento afetivo. O desenvolvimento inicial típico abrangendo as capacidades inatas do bebê para a interação social, a comunicação afetiva e a intersubjetividade primária; a comunicação intencional, a intersubjetividade secundária e a atenção compartilhada; a linguagem/fala. O caso do autismo abrangendo os prejuízos na comunicação afetiva, os prejuízos na comunicação intencional e os aspectos secundários do prejuízo primário para a comunicação.
PROGRAMA:
1. A abordagem desenvolvimentista versus a Teoria da Mente
    - Perspectiva construtivista
    - A importância do engajamento afetivo
2. O desenvolvimento inicial típico    - Capacidades inatas do bebê para a interação social
    - A comunicação afetiva e a intersubjetividade primária
    - A comunicação intencional, a intersubjetividade secundária e a atenção compartilhada
    - A linguagem/fala
3. O caso do autismo    - Prejuízos na comunicação afetiva
    - Prejuízos na comunicação intencional
    - Aspectos secundários do prejuízo primário para a comunicação
Bibliografia:Fiore-Correia, O.B. (2005) A aplicabilidade de um programa de intervenção precoce em crianças com possível risco autístico. Dissertação de Mestrado. Departamento de Psicologia. PUC-Rio.
Lampreia, C. (2004) Os enfoques cognitivista e desenvolvimentista no autismo: Uma análise preliminar. Psicologia Reflexão e Crítica, 17, p.111-120.
Lampreia, C. (2007) A perspectiva desenvolvimentista para a intervenção precoce no autismo. Estudos de Psicologia (PUCCamp), 24, 1, 105-114.
Lampreia, C. (2008) O processo de desenvolvimento rumo ao símbolo: uma perspectiva pragmática. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 60, 2, 117-128.
Oliveira, S.M. (2009) A clínica do autismo sob uma perspectiva desenvolvimentista: O papel do engajamento afetivo no desenvolvimento da comunicação e da linguagem. Dissertação de Mestrado. Departamento de Psicologia. PUC-Rio.
MÓDULO III – AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO NO ESPECTRO DO AUTISMO
A IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DE RISCO DOS TEAProfa. Carolina Lampreia 
EMENTA: Discussão do diagnóstico aos 3 anos de idade e importância de uma identificação precoce de sinais de risco. Estudos retrospectivos sobre a identificação precoce de sinais de risco no segundo ano de vida incluindo: estudos de vídeos familiares, de atenção compartilhada, instrumentos de identificação e categorias discriminativas. Estudos prospectivos com bebês de alto-risco antes dos 12 meses de idade e instrumentos de identificação. Recomendações para a vigilância precoce do autismo.
PROGRAMA:- DSM-IV e CID 10 como instrumentos de diagnóstico
- Categorias muito genéricas e novos instrumentos de diagnóstico – ADI-R, ADOS, CARS
- Importância da identificação precoce para a intervenção precoc
- Estudos retrospectivos no segundo ano de vida
- Vídeos familiares e categorias discriminativas
- Comportamentos de atenção compartilhada
- Instrumentos – CHAT, M-CHAT, STAT, SORF – e categorias discriminativas
- Estudos prospectivos antes dos 12 meses de idade:
- Argumentos para a identificação de sinais de risco antes dos 12 meses
- Estudos prospectivos com bebês de alto-risco
- Instrumentos para a identificação desde o primeiro ano – FYI, AOSI, ITC,
- Questões para a identificação antes dos 12 meses
- Categorias relacionais/qualitativas
- Pesquisa Carolina Lampreia
- Recomendações para a vigilância precoce do autismo
Bibliografia: Bosa, C. (2002). Atenção compartilhada e identificação precoce do autismo. Psicologia Reflexão e  Crítica, 15(1), 77-88.
Bosa, C. (2002). Sinais precoces de comprometimento social no autismo infantil. In: Walter Camargos Jr e Colaboradores. (Org.). Transtornos invasivos do desenvolvimento. Corde, 2002, p. 42-47.
Braido, M.L.G. (2006) Identificação precoce dos transtornos do espectro autista : um estudo de vídeos familiares. Dissertação de Mestrado. Departamento de Psicologia. PUC-Rio.
Lampreia, C. (2008) Algumas considerações sobre a identificação precoce no autismo. Em E.G. Mendes,  M.A.  Almeida e M.C.P.I. Hayashi (orgs.), Temas em Educação Especial: Conhecimentos para fundamentar a prática". (pp. 397-421). Araraquara, S.P.:Junqueira&Marin Editores. Junqueira&Marin Editores J Juditore
Lampreia, C. (2009) Perspectivas da pesquisa prospectiva com bebês irmãos de autistas. Psicologia: Ciência e Profissão, 29(1), 160-171.
Lampreia, C. & Lima, M.M.R. (2008) Instrumento de vigilância precoce do autismo: Manual e Vídeo. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola.

TERAPIA DESENVOLVIMENTISTA E INTERVENÇÃO FAMILIARProfa. Olívia Fiore-Correia
EMENTA: Conhecimento do histórico da terapia desenvolvimentista, através do reconhecimento de como e em quais contextos sociais outras terapias atuavam sobre o autismo e entendimento do contexto social da época que possibilitou o fomento da terapia desenvolvimentista. Identificação dos objetivos almejados pela terapia desenvolvimentista ao se intervir na criança autista. Conhecimento dos princípios que fundamentam a terapia desenvolvimentista, enfatizando a importância da comunicação, contextos naturais de interações e papel da família para a intervenção. Identificação dos principais programas que seguem a abordagem desenvolvimentista.
PROGRAMA:1- Histórico da terapia desenvolvimentista
 
    - Terapia de base psicanalítica
     - Terapia comportamental
     - Aparecimento da terapia desenvolvimentista
2- Objetivos da terapia desenvolvimentista     - A diminuição do desvio no desenvolvimento da criança autista
     - O foco nos prejuízos primários do transtorno e a amenização e supressão dos prejuízos secundários do mesmo
3- Princípios fundamentais da terapia desenvolvimentista
 
    - O foco no aparecimento da comunicação
     - Os contextos naturais de intervenção
     - O papel ativo da criança para as estratégias da terapia
     - As deixas e necessidades da criança
     - O planejamento individual para cada caso
     - A importância da família e o suporte adequado a ela
4 - Os programas de intervenção de base desenvolvimentista      - O programa de Klinger & Dawson (1992)
      - O programa SCERTS (1998)
      - O programa de Greenspan & Wieder (2006)
      - O programa de Fiore-Correia (2005; 2007);
Bibliografia: Fiore-Correia, O. B. (2005) A aplicabilidade de um programa de intervenção precoce em crianças com possível risco autístico. Dissertação de Mestrado Não-Publicada, Curso de Pós-Graduação em Psicologia Clínica, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, RJ.
Fiore-Correia, O. B.  (2007). A construção de um programa de intervenção precoce para crianças com risco autístico ou recém-diagnosticadas autistas. Exame de qualificação de Doutorado Não-Publicada, Curso de Pós-Graduação em Psicologia Clínica, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, RJ.
Greenspan, S. (1999). Filhos emocionalmente saudáveis, íntegros e felizzes- As seis experiências que criam inteligência e crescimento emocional em bebês e jovens (S. Teixeira, Trad.). Rio de Janeiro: Campos.
Greenspan, S. & Benderley, B. (1999). A evolução da mente-As origens da inteligência e as novas ameaças a seu desenvolvimento. (M. Monte, Trad.). Rio de Janeiro: Record.
Oliveira, S. M. (2008). A clínica do autismo sob uma perspectiva desenvolvimentista: O papel do engajamento afetivo no desenvolvimento da comunicação e da linguagem. Dissertação de Mestrado Não-Publicada, Curso de Pós-Graduação em Psicologia Clínica, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, RJ.

AVALIAÇÃO E TERAPIA FONOAUDIOLÓGICAProfa. Renata Mousinho
EMENTA: Linguagem e comunicação nos TEA incluindo alterações estruturais (jargão, ecolalia, agramatismo) e alterações discursivas (Análise da conversação/prosódia, turno, tópico; Linguística Sociointeracional/fatores de contextualização, footing, enquadre; Linguística Cognitiva/projeção - dificuldades com metonímias,
mesclagem - dificuldades com metáforas, mudança de enquadre - dificuldades com humor). Correlação com as hipóteses cognitivas (Atenção compartilhada, Teoria da Mente, Teoria da Coerência Central). Propostas de atuação (Clínica, Educação, Família)
PROGRAMA:
LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO 
1. ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS    - jargão
    - ecolalia
    - agramatismo

2. ALTERAÇÕES DISCURSIVAS
2.1 Análise da conversação    - prosódia
    - turno
    - tópico
2.2 Linguística Sociointeracional      - fatores de contextualização
      - footing
      - enquadre
2.3 Linguística Cognitiva      - projeção - dificuldades com metonímias
      - mesclagem - dificuldades com metáforas
      - mudança de enquadre - dificuldades com humor
3. CORRELAÇÃO COM AS HIPÓTESES COGNITIVAS    - Atenção compartilhada
    - Teoria da Mente
    - Teoria da Coerência Central
4. PROPOSTAS DE ATUAÇÃO    - Clínica
    - Educação
    - Família
Bibliografia:Fernandes, F. D. M., Scheuer, C. I. & Pastorello, L. (1996). Fonoaudiologia nos Distúrbios Psiquiátricos da Infância. 1a. ed. São Paulo: Lovise. (Antigo)
Mousinho, R. (2002). Linguagem/Corpo na Síndrome de Asperger. In: Renata Mousinho; Carlos de A. Mattos Ferreira; Rita Thompson. (Org.). Psicomotricidade Clínica. (p. 119-126). 1 ed. São Paulo: Lovise.
Mousinho, R. (2003) Aspectos lingüístico-cognitivos da Síndrome de Asperger: projeção, mesclagem e mudança de enquadre. 225 f. Tese (Doutorado em lingüística) Departamento de Lingüística - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
AVALIAÇÃO E TERAPIA COMPORTAMENTAL (ABA/PECS)Profa. Mariana Garcia 
EMENTA: Breve introdução aos princípios da análise comportamental aplicada e suas contribuições para a intervenção no espectro do autismo. Serão apresentadas as aplicações dos princípios do comportamento na avaliação de repertório comportamental e programação de condições de ensino que visam minimizar os déficits comportamentais decorrentes do autismo e promover o repertório de habilidades comunicativas, sociais e redução de comportamentos inadequados.
PROGRAMA:
1. Análise do comportamento e autismo
2. Introdução aos princípios básicos do comportamento    - Contingência de três termos (SD - R? SR)
    - Reforçamento positivo e negativo
    - Extinção
3. Avaliação comportamental   - Avaliação do repertório
   - Avaliação das condições ambientais
   - Avaliação dos reforçadores
4. Currículos de ensino
5. Programação de condições de ensino    - Tentativas discretas
    - Ensino incidental
    - Modelagem: reforçamento por aproximações sucessivas
    - Cadeia de trás-para-frente
    - Técnicas de esvanecimento
    - Generalização
6. Avaliação da intervenção
7. PECS – sistema de comunicação por troca de figuras
Bibliografia:Goulart, P. & Assis, Grauben, J. A. (2002). Estudos sobre autismo em análise do comportamento: aspectos metodológicos. Revista Brasileira de terapias comportamental e cognitiva, 4(2), p.151-165.
Ribes-Iñesta, E. (1972). Técnicas de Modificação do Comportamento. São Paulo: E.P.U.
Whaley, D. L. & Malott, R. W. (1980). Principios elementares do comportamento. Sao Paulo: E.P.U.
Windholz, M. H. (1988). Passo A Passo, Seu Caminho. Guia Curricular Para O Ensino de Habilidades Basicas. São Paulo: Edicon.
Windholz, M. H. (1995). Autismo Infantil: Terapia Comportamental. Em: J. S. Schwartzman & F. B. Assumpção JR. (Orgs.) Autismo Infantil. São Paulo: Mennon. p. 179-210.
MÓDULO IV – CONSIDERAÇÕES SOBRE PRÁTICAS EDUCACIONAIS
INCLUSÃO ESCOLAR E POLÍTICAS PÚBLICAS - Profa Maryse Suplino
EMENTA: A definição conceitual de educação inclusiva a partir da análise histórica da construção desse paradigma. A aplicação desse conceito na prática escolar: adaptações curriculares. Ações governamentais dirigidas à formação de profissionais da educação com o fim de aumentar a qualidade no atendimento aos alunos com autismo.
PROGRAMA:   - Apresentação da definição conceitual de educação inclusiva a partir da análise  histórica da construção desse paradigma: do atendimento em espaços segregados à Escola Inclusiva.
   - Os aspectos legais
   - Apresentação dos entraves descritos por professores e gestores escolares
   - A questão da formação dos professores
   - O conceito de acessibilidade ao currículo: adaptações curriculares    
   - Principais documentos federais que discutem a apresentam idéias relativas às Adaptações Curriculares.
Bibliografia:Brasil. Secretaria Nacional dos Direitos Humanos. (1997) Declaração de Salamanca. 2 ed. Brasília: UNESCO.
Glat, R. (1995) Questões Atuais em Educação Especial: A Integração Social dos Portadores de Deficiências: Uma Reflexão. Rio de Janeiro: Livraria Sette Letras. v. 1.
Mittler, P. (2003) Educação Inclusiva: contextos sociais. Trad. Windyz Brazão Ferreira. Porto Alegre: Artmed.
Perrenoud, P. (2002) A prática reflexiva no ofício do professor: profissionalização e razão pedagógica. Trad. Cláudia Schilling. Porto Alegre: Artmed.
Pletsch, M. D. (2005) O professor itinerante como suporte para a educação inclusa em escolas da Rede Municipal de educação do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado em Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Suplino, M. (2009) Vivências inclusivas de alunos com autismo. Rio de Janeiro: Kirios Editora.

Corpo Docente

Veja a relação do corpo docente (sujeito a alteração)

Matrícula

Até 27/04/2012
A matrícula poderá ser feita por outra pessoa por meio de instrumento particular de procuração.
O aluno, cujo curso for custeado por uma empresa deverá, depois de efetuar a matrícula, enviar a carta de compromisso da empresa para o email financeirocce@puc-rio.br, no prazo de 24 horas. Posteriormente enviaremos, à empresa, a nota fiscal e a ficha de compensação.

Investimento

Para matrículas realizadas até 20/04/2012, desconto de 5% no primeiro pagamento. Após esta data o curso poderá ser pago em 3 parcelas de R$ 340,00, sendo a primeira no ato da matricula e a(s) restante(s) no(s) mes(es) subsequente(s).
Aceita-se pagamento com cartões de crédito American Express, Mastercard e Visa.
Desconto de 5% para os alunos que realizarem o pagamento do valor integral do curso à vista. Desconto não cumulativo.

Certificado

O aluno que preencher satisfatoriamente os quesitos frequência e/ou aproveitamento terá direito a certificado.

Observações

Vagas limitadas.

A realização do curso está sujeita à quantidade mínima de matrículas.

Bolsas de Estudos: devido à natureza autofinanciada dos cursos oferecidos pela CCE, não há viabilidade financeira para a concessão de bolsas de estudo.

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