quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

TDAH começa na infância e pode continuar na vida adulta

Déficit de atenção e hiperatividade começam na infância e podem continuar na vida adulta.

Embora seja um problema bem estudado e tenha tratamento, nem sempre esse transtorno é identificado ou diagnosticado corretamente. Pior, ainda há quem acredite que se trata apenas de um mito.
Distraídos, agitados, bagunceiros, desorganizados... É extensa a lista de adjetivos de conotação negativa usada para definir crianças e adultos que apresentam, de maneira intensa e frequente, comportamentos e atitudes diferentes daqueles tidos como padrão. Os pais acham que os filhos são “elétricos” ou que vivem no mundo da lua. A escola reclama do aluno que tumultua a classe e não presta atenção à aula. A criança se ressente porque não vai bem nas provas, leva bronca de todos ou é isolada pelos colegas, pois abandona as brincadeiras ou as atrapalha com sua impulsividade. Esses podem ser alguns indícios de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
O problema atinge de 5% a 6% das crianças, independentemente de país ou fatores culturais, e acompanhará o indivíduo na vida adulta em mais da metade dos casos. Na infância, geralmente está associado a dificuldades na escola e nos relacionamentos com pais, professores e outras crianças. Na fase adulta, prejudica as atividades nos âmbitos profissional, familiar, afetivo e social. A falta de atenção e a impulsividade também fazem com que essas pessoas sofram mais acidentes, seja a criança no ambiente doméstico ou o adulto que busca adrenalina no excesso de velocidade, por exemplo. Aulas monótonas e tarefas burocráticas costumam provocar o desinteresse dos portadores de TDAH. Qualquer coisa os distrai, desviando o foco dos objetivos e elevando as possibilidades de insucesso. Em compensação, são brilhantes e dedicados quando alguma atividade os apaixona.
Difundido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), consenso médico internacional e tema de inúmeros estudos, o TDAH ainda é um problema pouco conhecido e alvo de polêmicas. Mesmo entre profissionais, há quem o considere um mito, ignorando evidências como as alterações no cérebro dos portadores do transtorno – justamente nas regiões responsáveis pela inibição de comportamentos, pela capacidade de prestar atenção, pelo autocontrole, pela organização e pelo planejamento. Estudos também apontam alterações no sistema de neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que são substâncias que transmitem informação entre os neurônios. Uma pesquisa realizada por especialistas do National Institute of Mental Health (EUA) revelou um atraso médio de aproximadamente três anos no amadurecimento dessas áreas do cérebro em crianças com esse transtorno.
A origem do problema tem forte carga genética. Mas não se acredita na existência de um “gene TDAH” e sim em uma herança poligênica, ou seja, vários genes determinando o desenvolvimento do transtorno.
Na infância, o déficit de atenção e a hiperatividade estão associados a dificuldades na escola e nos relacionamentos. Na fase adulta, prejudicam as atividades profissionais, familiares e sociais.
Os sintomas são hiperatividade, impulsividade e/ou falta de atenção. Para a classificação do paciente, os médicos adotam as referências do DSM IV, o manual de diagnóstico e estatística de perturbações mentais da Associação Americana de Psiquiatria, que lista nove sinais/sintomas de déficit de atenção e outros nove de hiperatividade-impulsividade. Entre eles estão itens como não prestar atenção a detalhes, dificuldade de concentrar-se, perder coisas importantes, ficar remexendo as mãos ou os pés quando sentado, falar em demasia e não esperar a conclusão da pergunta para dar a resposta.
Todos nós fazemos coisas desse tipo em alguns momentos. O que define a presença do transtorno do déficit de atenção e hipertatividade é a ocorrência de vários desses sinais (pelo menos seis dos nove itens em algum dos grupos) em pelo menos dois ambientes (em casa e na escola, por exemplo), por período superior a seis meses e em intensidade que resulte em prejuízos ao indivíduo do ponto de vista social, familiar ou escolar. É isso que deve disparar o alarme e levar os pais a buscar ajuda de um profissional experiente e atualizado em relação ao TDAH. Como não há exames específicos para identificar o problema, o diagnóstico não é simples e é feito com base no histórico do paciente. Além disso, de 60% a 70% dessas pessoas apresentam um ou mais problemas associados, como dislexia, transtorno bipolar, ansiedade e depressão.

O tratamento inclui terapias com fonoaudiólogo, psicopedagogo, psicólogo, terapeuta ocupacional ou psicomotricista, dependendo das necessidades. Também é preciso o apoio em casa e na escola. Não dá para exigir do filho com TDAH a mesma organização do irmão ou instalar o aluno com esse transtorno ao lado das “atrações” da janela da sala de aula, por exemplo. Mas o uso de medicamentos é fundamental. Os mais adotados integram um grupo específico de estimulantes que ajudam no bom funcionamento das áreas do cérebro que apresentam alterações nesses pacientes. Vários estudos atestam seus efeitos positivos. Quando usados corretamente, esses remédios não causam dependência e seus efeitos colaterais são leves ou inexistentes. No entanto, como todo tratamento, requer acompanhamento médico.
Em alguns casos, o transtorno é minimizado ou estabilizado com o passar dos anos. Mas mais de 50% das crianças com TDAH permanecerão com o transtorno na idade adulta. Portanto, o melhor caminho é o da informação e do conhecimento. Fique atento aos sinais. Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de um eficiente controle do transtorno, com benefícios para o paciente e para todos que convivem com ele.
Publicado em  

15/02/2012 08:50:23

natielli

Bom dia,tenho uma filha de 4 anos,e a 2 anos e meio faz tratamento de epilepcia,mas tenho notado que ela não tem atenção,tem dificuldade no aprendizado,como responder seu nome sua idade,não para em atividades que deveria parar como: na sala de aula,mas o neuro me passou que só pode avaliar o caso dela aos 6 anos,o que devo fazer pois estou comdificuldades na escola? Me ajuda DR. Desde já grata

Resposta:

Olá Natielli, agradecemos seu contato. Este tipo de informação requer uma avaliação mais detalhada com um especialista, no caso um neuropediatra. Pelas suas limitações, a internet não deve ser instrumento para consultas médicas, diagnóstico clínico, prescrição de medicamentos ou tratamento de doenças e problemas de saúde. Caso queira consultar um dos nossos especialistas, fique à vontade para pedir uma indicação médica pela nossa Central de Atendimento, no telefone 11 2151-1233, opção 3. Você também pode dispor deste serviço pelo nosso site, acessando a página do Indicador Médico http://www.einstein.br/hospital/Paginas/indicador-medico.aspx. Boa sorte.
23/01/2012 21:30:03

israel

tenho um filho hiper ativo,e obtive muitas informações importantes neste site........parabéns !
16/12/2011 01:53:32

ANdreya

Olá, meu filho tem tds as característica do TDAH que foi diagnosticadas por um neurologista e já faz o tratamento. Meu problema consiste na falta de suporte que a escola deveria dar à esta criança, eles reprovaram meu filho sem que este "problema" fosse enfrentado com carinho e atenção pelos docentes escolares. Meu filho faz acompanhamento com uma ótima psicóloga e a mesma não aceitou o regime desta escola porque tem acompanhado a grande luta e esforço doa criança. Me ajude dr.

Resposta:

Olá Andreya, O ideal é que haja uma interação entre os profissionais que acompanham o seu filho e a coordenação da escola para avaliar o desempenho dele e também eventuais situações que possam ocorrer não somente na escola durante todo o ano. Esses profissionais também podem lhe auxiliar a encontrar escolas que darão o suporte adequado ao seu filho ou eventualmente ajudar esta escola a entender essa condição.
23/11/2011 19:14:47

sheila cadinho

Olá sou mãe do Lucas que vai fazer 3 anos ,desde bebé,percebi que era muito agitado,não dormia de dia e nem de noite. Levei ao neuro com disturbio do sono,foi passado uma medicamento e nada.. Já tomou vários remedios sem muito sucesso,continua agressivo, impulsivo, querendo bater em todos morder sem razão aparente. Coloquei na escolinha pra desenvolver mais tbém está lento.A fala dele esta sendo prejudicada pq está em desenvolvimento e ele quer falar rapido demais.. O que eu faço..me ajudem;

Resposta:

Olá Sheila, infelizmente não temos como indicar um tratamento eficaz para o caso do seu filho por este canal sem antes avaliá-lo em consulta. Aconselhamos você a procurar um neuropediatra para te orientar melhor e esclarecer todas as suas dúvidas. Caso queira consultar um dos nossos especialistas, fique à vontade para pedir uma indicação médica pela nossa Central de Atendimento, no telefone 11 2151-1233, opção 3. Você também pode dispor deste serviço pelo nosso site, acessando a página do Indicador Médico http://www.einstein.br/hospital/Paginas/indicador-medico.aspx. Boa sorte.
16/11/2011 12:04:15

gesiany

tenho um filho de 5anos com supeita de ser hinperativo ele vai pasa no neuro ele não mim ouvir não fica quento nem siquer um segundo tem dificuldade para fala é as vezes é muito agresivo eu ja to meu limite .é muito dificil cansativo descatante.ele não se comporta nem na hora da refeicoes ele as vezes comer muito rapido a gente fala com ele é mesma coisa de ta falando com niquém.

Resposta:

Olá Gesiany, obrigado por compartilhar conosco sua experiência. Aconselhamos você a procurar ajuda de um profissional para avaliar melhor o caso de seu filho. Boa sorte.
11/10/2011 16:07:37

Kátia

Minha filha tem 7 anos e 11 meses. Ela sempre teve um ótimo comportamento. Porém, com relação aos estudos sempre foi dispersa. A prof.ª reclama que precisa motiva-la para as tarefas de classe e cópias das lições para casa. Ela faz acompanhamento com psicopedagoga e ja passou por neuro e otorrino, mas ninguém consegue dizer se ela tem ou não deficit leve de atenção. A hiperatividade ja foi descartada, pois consegue se manter não agitada, mas perde muito rápido o foco qdo o assunto não é de seu in

Resposta:

Olá Kátia, agradecemos seu comentário. Avaliação e acompanhamento médico são fundamentais no caso de sua filha. Se você desejar uma segunda opinião, nossa equipe está à disposição. Para solicitar indicação médica entre em contato com o Fone Saúde do Einstein pelo telefone (11) 2151-1233 ou pelo e-mail fonesaude@einstein.br. Você também pode visitar a página da Associação Brasileira de Déficit de Atenção em http://www.tdah.org.br/. Lá você poderá obter informações adequadas e de caráter científico.
18/09/2011 16:46:51

Maria Josiane

Não sei porque os especialistas têm tanta dificuldade em detectar este transtorno! Estou indo de médico em médico com meu filho desde que ele tinha cinco anos e só agora aos nove ele foi diagnosticado com tendo TDAH. A cada novo médico os mesmos exames se repetiam, e o diagnóstico era sempre diferente. Lendo esta matéria tive a certeza que ele tem TDAH. Agora ele começou a fazer uso da Ritalina, Deus nos ajude que de certo!!!

Resposta:

Olá Maria Josiane, agradecemos por compartilhar conosco sua experiência e torcemos que seu filho fique bem. Que bom que nosso conteúdo lhe foi útil. Boa sorte e não deixe de acompanhar nosso site e ficar por dentro dos mais diversos assuntos em Saúde e Bem-Estar.
04/08/2011 14:37:26

Sandra

Finalmente diagnosticaram que meu filho é TDAH e ocorre que eu tambem. O diagnostico foi dificil pois ao contrario de sermos inquietos somos bem tranquilos, o que nao para é nossa cabeça. Sempre ouvi da familia e escola que eu vivia no mundo da lua e questionamentos sobre minha pouca inteligencia pois nao ia bem na escola. Nao vou permitir que meu filho sofra tudo que eu sofri ate agora. Estamos em tratamento. Ele tera uma vida normal. Eu desenvolvi atraves dos anos uma depressao.

Resposta:

Olá Sandra, agradecemos por compartilhar conosco sua experiência e de seu filho. Desejamos boa sorte e continue acompanhando nosso portal.
26/07/2011 19:42:40

Eloise

Olá, meu filho tem 15 anos e é portador do TDAH, gostaria de saber se vocês tem informações sobre escolas de ensino fundamental especializada neste caso. Agradeço.

Resposta:

Eloise, agradecemos seu comentário. Mas infelizmente, não temos informações sobre os serviços oferecidos por outras instituições.
06/07/2011 20:36:36

Fatima

Parabéns! suas informações são ricas, gostaria de receber no meu e-mail essas informações que estão no quadro verde. obrigado.

Resposta:

Olá Fátima, agradecemos seu comentário e a convidamos a continuar acompanhando o Einstein tanto pelo portal, quanto pelos nossos canais oficiais do Facebook (https://www.facebook.com/HospitalAlbertEinstein) e do Twitter (http://twitter.com/#!/hosp_einstein). Em relação às informações do infográfico, não podemos reproduzi-las sem prévia autorização da fonte. Por isso, toda vez que quiser acessá-las, você deve entrar em nosso site http://www.einstein.br/pagina-einstein/Paginas/deficit-de-aten%C3%A7%C3%A3o-e-hiperatividade.aspx.
01/06/2011 15:31:27

Adriana Andrade

Tenho um filho de 6 anos que desde os 3 que venho notando esses comportamentos, e tambem é muito carente e um pouco depressivo,nao tenho ideia de como reagir com as coisas que faz. Destroi asd coisas nao presta atencao a nada e quando falo chora e fica mogoado, a professora vive reclamando. o que devo fazer?

Resposta:

Olá Adriana, agradecemos seu comentário. Recomendamos que procure um especialista para avaliar seu filho e indicar o tratamento adequado e também sugerimos que visite a página: http://www.tdah.org.br/
01/06/2011 11:39:16

Regiane Dias de Mesq

Muito bom, excelente. Parabéns.

Resposta:

Regiane, agradecemos seu comentário.
31/05/2011 16:49:12

Claudenice Nunes

É, até certo ponto reconfortante saber que não estou sozinha nessa jornada. Tenho um filho de 10 com todos os sintomas de TDAH e que já está estigmatizado na escola. Às vezes me sinto um fracasso como mãe, pois todos: família, amigos escola, quando criticam o comportamento dos nossos filhos estão na realidade dizendo que, nós "mães", não sabemos educá-los.

Resposta:

Olá Claudenice, obrigado por compartilhar conosco sua experiência.
22/09/2010 23:10:19

léa

oi,o meu filho tem 13 anos e acho que ele tem esse problema,pois desde de pequeno ele vem me dando muito trabalho até na convivencia com todos ao seu redor,e com passar dos anos esta ficando pior,até então eu não sabia do caso descobri pesquisando.gostaria que me esclareca qual o tratamento adequado para ele.
27/08/2010 18:09:54

Laianne

Boa Tarde! Tebho um filho que esta me dando problemas na escola , ele tem apenas 3 anos , a professora reclama que ele é inquieto ansioso , só que tem um porem em filmes ou algo que lhe chama atenção ele ele presta bastante atenção , sera que posso considerar esse comportamento dele como de um hiperativo.

Resposta:


Resposta:
Laianne, é muito importante a avaliação e acompanhamento de um médico. Acesse a página http://www.tdah.org.br/, onde você poderá obter informações adequadas e de caráter científico.
23/07/2010 21:14:37

Angelina

Gostaria de saber onde tem no Rio de Janeiro hospital,clinicas publicas que tratam de DDA em adultos
07/06/2010 17:59

Rodrigo

Boa tarde, Fui diagnosticado com TDAH e passei a fazer tratamento com ritalina, achei ótimo, mas larguei o remédio por conta própria pq eu trabalho de turno. Trabalho de noite de dia e de tarde e o remedio me atrapalhava a dormir quando eu tinha que dormir de dia para trabalhar a noite. O que eu faço?
17/05/2010 23:30

jacqueline

ola..tenho 27 anos e todos os sintomas de tdah desde de pequena sempre fui muito agitada anciosa e preciso saber se começando o tratamneto agora eu consigo minmizar os efeitos, o mais interessante e q sou psicopedagoga e nos meus estudos me indetiquei com o trantorno...
04/05/2010 14:22

Renata

Caro doutor Erasmo: peço licença para aproveitar este espaço e a oportunidade de comunicação para fazer-lhe um pedido. Sou a mesma pessoa que postou o penúltimo relato de mãe de um rapaz de 19 anos (o Lucas) que tem TDAH e a psicóloga nada ajudou e ficamos sem diagnóstico. Assim, marquei uma consulta com o senhor há um mês, mas não há horário ainda. Por favor, meu filho já entrou em quadro de depressão ano passado, largou faculdade este ano.Preciso de sua ajuda! Renata.
03/05/2010 23:43

Rita Reis

esqueci de falar que ele tem 10 anos. Por favor, me ajude estou muito preocupada e não sei como ajudá-lo.

fonte: http://www.einstein.br/pagina-einstein/Paginas/deficit-de-aten%C3%A7%C3%A3o-e-hiperatividade.aspx

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