zinco no autismo

Suplementar com zinco ajuda as crianças com autismo a aceitar melhor a mudança na dieta.

O zinco é importante para a digestão, a metilação, a resposta imunitária e o equilíbrio dos nucleotídeos. A absorção do zinco depende das condições e da forma de suplementação. Se tem observado um aumento nos níveis de cobre e carência de zinco em várias crianças dentro do espectro que acredito seja devido a uma metilação deficiente, mas é importante dizer que a presença de inflamações e especialmente com infecções crônicas como as intestinais com disbiose bacteriana. O cobre é redistribuído do fígado para o sangue, onde seus níveis são elevados. Para baixar os níveis de cobre, deve-se tratar a disbiose, retirar o açúcar da dieta e usar antifúngicos para melhorar as funções gastrointestinais. Má digestão e má absorção podem por si só levar a um aumento de cobre. O problema de por que o zinco é baixo em muitas crianças autistas é complexo. Uma parte é, como disse,  é devido à má digestão e má absorção, que é geralmente acompanhada por deficiência enzimática, alergias e intolerâncias. Suplementos de zinco são muitas vezes necessários mas não suficientes para corrigir o problema. A função gastrointestinal precisa ser melhorada e normalizada, o que requer uma intervenção dietética e uso regular de enzimas e probióticos.É completamente impossível corrigir a deficiência zinco, por exemplo, se houver uma diarréia contínua. Isso significa que a relação cobre-zinco só poderá se equilibrar quando a digestão e a transulfatação estiverem funcionando adequadamente. Em alguns casos, isso significa que é necessário limpar o organismo dos metais tóxicos em excesso (mercúrio, arsênico, antimonio). O objetivo é elevar o zinco aos níveis normais no sangue e reduzir o cobre a quantidade que acreditamos seja o ideal . Não desanime se passar alguns meses e isso não acontecer após o tratamento. Se a reposta não acontecer, não basta aumentar a dose de zinco e sim trabalhar melhor a dieta para melhorar as condições gastrointestinais e o metabolismo.
A suplementação de zinco pode beneficiar as pessoas com autismo principalmente quando introduzida na fase inicial da intervenção dietética pois pode melhorar o apetite e o paladar. O zinco é importante para o amadurecimento das papilas gustativas e se encontra na proteína da saliva chamada gustina que tem como principal função, dar a sensação do paladar. A suplementação com zinco, em geral, ajuda as crianças autistas a aceitar alimentos novos. O zinco deve ser administrado entre as refeições ou à noite, várias horas após o jantar, pois grandes quantidades de zinco adicionais, podem diminuir ainda mais a ação da enzima DPPIV que já costuma ser deficiente no paciente autista, por isso não é recomendado suplementar zinco junto as refeições. As doses de zinco aconselhadas são indicadas abaixo podendo ser aumentadas somente com a  prescrição do médico ou nutricionista que acompanha o paciente.
20 Kg | 5-15 mg/dia
30 Kg | 7-20 mg/dia
40 Kg | 10-30 mg/dia
50 Kg | 12-35 mg/dia
60 Kg | 15-45 mg/dia

É raro ver uma reação adversa a suplementação de zinco, uma razão pode ser uma grave deficiência de cobre, que ainda é incomum na população normal e as pessoas com autismo.

As estratégias para aumentar o zinco são:
  • não administrá-lo junto as refeições,
  • suplementar duas vezes ao dia afastado das refeições,
  • não administrar zinco junto com cálcio, ferro ou folato,
  • não oferecer o zinco com nutrientes fosforilados (fosfatidilcolina, lipideos fosforilados e piridoxalfosfatato,etc),
  • pode ajudar dar glutationa oral e pequenas doses de L-histidina que auxiliam no transporte do zinco. L-histidina, no entanto, também carrega o cobre que não deve ser dado se você estiver adicionando mais zinco para baixar o cobre.
Atenção: cerca de 1 em 150-250 autistas sofrem de uma condição metabólica (histedemia) que deve ser verificada através de análises dos aminoácidos. Neste caso não é aconselhável oferecer histidina e se usada com o zinco, deve ser oferecida entre as refeições (na metade da manhã ou no meio da tarde) pois pode provocar insônia se for administrado à noite.
deve ser controlado se existe perda de zinco na urina durante o tratamento de detoxificação com agentes quelantes como EDTA e neste casotalvez seja necessário grandes doses suplementares de zinco durante a terapia,
A maioria de zinco nos eritrócitos está ligada à membrana plasmática das células. Se o zinco dentro da célula permanece baixa, provavelmente, a membrana celular é deficiente em certos ácidos graxos, que deveria estar lá, ou há algo errado com o transporte ou ligação do zinco com a membrana. Em casos como este, em geral, o problema não é a quantidade de zinco suplementado.