segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Dietas e Intervenção Nutricional

Enviado por: "Claudia Marcelino" autismoemfoco@gmail.com   c.lessa

Ter, 13 de Set de 2011 6:17 pm



Acho que este assunto está mais em pauta no momento do grupo do que costuma
estar.
Grd parte por minha culpa, pois eu não consigo ver e-mails sobre o tema sem
responder.
É uma compulsão.

Peço desculpas e perdão por palavras em e-mails anteriores que possam ter
gerado desconforto.
Preciso aprender a dominar o poder das palavras.
Palavras escritas tendem a ser mais dramáticas por não vermos a postura de
gestos e nem ouvirmos o tom da voz
ao pronunciá-las.

Gostaria de retomar e finalizar o porquê tenho certeza que uma intervenção
nutricional beneficia a toda criança que apresenta transtornos do
desenvolvimento e não só as do espectro autista.
Vejam bem que falo em intervenção nutricional, não em dieta, mt menos dieta
SGSC.
Eu não sou defensora da dieta SGSC.
Eu sou defensora da DAMA - Dieta Amiga do Autista.

A sociedade de uma maneira em geral tende a dar nome e limitar qualquer
intervenção.
Então no caso do espectro vemos SGSC, GAPS, SCD, Feingold, Oxalatos, BED...
Todas direcionam um aspecto e tendem a encaixar todos em um perfil para se
beneficiar delas.
Vemos tantas variações quanto a dieta da lua, da sopa, da proteína, do
abacaxi e daí por diante para os obesos.
E sabemos mt bem que o que funciona é um conjunto.

Os dados que temos disponíveis no ARI atualizados em 2009 podem ser vistos
neste link:

http://www.autism.com/pdf/providers/ParentRatings2009.pdf

Tentei colar aqui, mas não consegui.

Vejam que são medidas por intervenções separadas, não há nenhuma estatística
baseada numa intervenção individualizada e adaptada as necessidades de cada
criança e em todas, há casos de pioras que variam de 2% a 7%, o que dá uma
média de piora em 3% dos casos.

Por quê uma intervenção nutricional individualizada pode ajudar ainda mais?

Porque um cérebro desequilibrado transmite sinais insuficientes para todos
os orgãos e sistemas metabólicos.
Isto é física.
Um corpo emite sinais na mesma frequência e sintonia que os recebe.
Fica claro através de exames de imagens cerebrais que nos transtornos do
desenvolvimento há áreas
de intensa atividade, outras com pouca e deficiência de comunicação entre
estas áreas em 100% dos casos.
O cérebro não é um transformador, ele é um gerador de energia.
Se não recebe sinais na frequência exata que precisa, os sinais que irá
transmitir tb serão fracos ou oscilantes.
Isto gera sobrecarga ou sobcarga exterior e interiormente.
Temos redes e sistemas que ligam a raiz do cabelo a ponta do pé.
Esta oscilação de sinais retorna ao cérebro e são reenviadas num ciclo
contínuo.
Então temos que nos acercar de vários procedimentos de reparo.

Os reparos exteriores são amplamente benéficos quando visam a comunicação
cerebral inter hemisférica.
Quando os danos internos não são ou não foram mt graves, é possível alcançar
grds resultados somente com terapias, pois a tendência das terapias corretas
é aumentar o equilíbrio dos hemisférios e este equilíbrio vai provocando
melhoras interiores.
Mas quando o estrago interior é grd, faz-se necessário tb mudanças de dentro
pra fora.

A grd verdade é que é impossível medir os estragos e se somente um
direcionamento ou outro é capaz de manter todo o sistema a pleno vapor.
Tb é impossível antecipar aonde cada criança irá chegar, ou quais benefícios
irá alcançar.

Não podemos esquecer tb que nosso cérebro se comunica por ondas.
Ondas estas que transmitem nossas emoções e sentimentos.
Há de se ter uma compreensão inabalável de todo este complexo e comunicação
em cadeia.
Então se a mãe ou o cuidador responsável não alcançar esta compreensão,
se sofrer, se martirizar, achar sacríficio uma mudança de postura global,
principalmente no quesito alimentar que é o que estamos discutindo, isto
será transmitido ao ser cuidado.
Nada que sacrifique a mãe, será benefício para o filho.
É necessário uma postura de total envolvimento e cumplicidade familiar, ou
pelo menos uma postura familiar que não atrapalhe.
Por isso que falo se o cuidador está inseguro em um procedimento, ou apenas
pagando pra ver, é melhor não embarcar no barco.

Sem críticas ou julgamentos.
Não há heróis, vilões, mocinhos ou bandidos nesta história.
Somos todos pais procurando o melhor para os filhos.
E o melhor, sempre é o que somos capazes de dar.

Um abraço fraterno a todos.

*

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Autismo: - Aceitação sim, CONFORMISMO não!!!!!!!!

http://dietasgsc.blogspot.com

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http://sites.google.com/site/desvendandooautismo

Claudia Marcelino, moderadora dos Grupos Autismo Esperança, Autismo
Tratamento, Diário de um Autista, Autismo é Tratável e mãe de Maurício, 19
anos - RJ.
Autora do livro: Autismo Esperança pela Nutrição.

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